sexta-feira, novembro 26, 2010

Afinal...

Semana passada assistindo ao seriado “Afinal o que querem as mulheres?”,  ouvi uma frase que desencadeou uma série de reações, a primeira foram olhos lacrimejantes, a segunda foi escrever para a pessoa que me fez reviver tais memórias.

A cena era a seguinte, André (o protagonista) estava com sua amada nas ruas, pela madrugada, os dois estavam apaixonados, riam, bebiam, se beijavam e falavam embalados. Ela pergunta a ele com o que será que as pessoas que dormem naquele momento estão sonhando, e ele responde:

- Eles sonham com o que somos!

Me lembrei do início do meu namoro, quando reproduzíamos aquela cena. Quando saíamos, bebíamos e nos divertíamos, não havia desgaste, problemas; tudo era leve, apaixonante, revigorante, era simplesmente: sublime e mágico.

Porém a situação entre nós não é simples, e não seria meu e-mail que faria tudo ficar bem.

Na sexta-feira, tentando driblar uma noite regada a soluços ou pensamentos desanimadores / paranoicos, fui a uma festa da faculdade com minhas colegas de sala. Chegando lá me senti perdida, tanta gente, musica animada, iluminação vibrante... E por dentro eu estava estática, sentada no chão do meu quarto, pensando; por fora eu sorria, bebericava e conversava.

Lá me deparei com uma pessoa cuja história eu sabia, era parecida com a minha, ela tinha terminado um namoro recentemente, colocou a melhor roupa, a melhor maquiagem, o melhor sorriso que conseguiu fingir, e foi mascarar a tristeza. E no final era isso que todos estavam fazendo.

Um lugar com muitas conversas, todas vazias; muitos beijos, todos sem sentimento ou então com um íntimo sentimento de carência, buscando um jeito errado de supri-la; muitos sorrisos, mas enfim, não preciso dizer mais nada.

Aquela noite eu busquei a companhia de 100 pessoas, admito, poderiam haver 1000 naquele lugar, nenhuma conseguiria substituir à altura a única companhia pela qual eu faria jus ao lugar, com ela alí naquele momento ou talvez se simplesmente estivéssemos bem um com o outro, eu conseguiria me entregar aos estímulos das luzes e da música e realmente estar feliz em estar ali.

Assistindo novamente ao seriado, este descreveu perfeitamente tudo o que eu vivi na sexta-feira anterior.
 André se depara com a boate cheia, muita gente rindo, dançando, luzes excitantes, e diz:

- Hoje a solidão tá bombando.

Não posso dizer que um seriado anteriormente, me tocou tão sutil e prontamente quanto este.

Beijos a todos,
e um muito especial, adivinhem à quem.

5 comentários:

Thuanny disse...

É uma pena passar por esta situação. A melhor coisa a fzer é tirar proveito disto pensando primeiramente em si.

Marceloco disse...

moça, faz algum tempo que as vezes passo no seu blog...parabéns, vc escreve bem

Marceloco disse...

moça, faz algum tempo q as vezes apareço no seu blog...parabéns, vc escreve bem

linhas de fuga disse...

a vida não tem certos e errados, é mais um conjunto de pulsões e desejos, as vezes é necessario um pequeno caos e uma fuga para recuperarmos a potencia de continuar seguindo em frente.

ter saudade de um começo é comum, mas isso não quer dizer que o momento inicial seja melhor que o atual; são momentos diferentes, sob estruturas diferentes.

Thaissa disse...

Nunca assisti esse seriado, prefiro os americanos, tipo The Big Bang Theory, Two and a Half Man, Gossip Girls e os seriados da Disney, também gostava de Laguna Beach (mas acabou) e Os Geeks e as Gostosas (mas também acabou, coisas assim brasileiras só mesmo "Cilada" que adoro, a última foi ilária Cilada no Reveillon! rs
Beijos